Personalização da cirurgia a laser traz mundo sem óculos para mais gente

Brasília, 17/4/07

– Imperfeições oculares mínimas que tinham o poder de acabar com o sonho de muita gente ficar livre dos óculos, agora, têm um combatente implacável: a técnica de personalização da cirurgia que corrige miopia, hipermetropia e astigmatismo.

A nova geração de laser para a realização dessas cirurgias é munida de um software capaz de detectar as particularidades da córnea e programar uma operação sob medida para cada indivíduo.
Significa alcançar o melhor resultado já obtido nesta área a da oftalmologia, quando o paciente decide realizar a cirurgia refrativa para corrigir a visão, segundo o médico Canrobert Oliveira, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).
Nos último 10 anos, cerca de 500 mil brasileiros se submeteram às cirurgias de correção de miopia, hipermetropia e astigmatismo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa.
A cirurgia refrativa trouxe ganhos significativos para a vida dos usuários de óculos e de lentes de contato, reconhece Canrobert.
“Mas, apesar dos avanços, alguns efeitos indesejáveis como visão de raios em torno das luzes à noite, imagens duplicadas ou “fantasminhas”, ainda constituem entraves à total satisfação de alguns pacientes”, descreve o especialista em refração no HOB.
A origem desses fenômenos, muitas vezes, está na presença de “aberrações visuais”, os pequenos defeitos situados na córne a e no cristalino, os quais não são corrigidos pelos tratamentos convencionais e, a partir da nova tecnologia, podem encontrar solução.

Beneficiados – A recente tecnologia, que começa a ser implantada no Brasil, possibilita um tratamento no qual são consideradas as características específicas do paciente.
Com isso, é ampliado o perfil de portadores de problemas refrativos que estão aptos à cirurgia de sucesso, beneficiando também aqueles que já passaram pelo operação e sentem desconforto com os resíduos de grau.
Essa geração de laser ainda trás boas expectativas aos portadores de astigmatismos irregulares, bem como pacientes que se submeteram ao transplante de córnea, lista Canrobert.
Pessoas que fizeram cirurgia de catarata e ficaram com um resíduo de refração, segundo o médico, também encontrarão solução com a nova tecnologia.

Como funciona – Antes da cirurgia, o paciente faz um wavefront.
Trata-se de um exame realizado com um equipamento que se utiliza da emissão de mais de mil pontos de luz até o fundo do olho para identificar as aberrações de cada córnea.
Onde houver algum desalinhamento, os raios são desviados informando ao médico a existência e a localização das imperfeições daquele olho.
Vários mapas e relatórios codificados por cores são emitidos, aumentando a precisão do diagnóstico e do planejamento da cirurgia.
Passada esta etapa, o excimer laser de alta precisão fará a leitura dos mapas e indicará ao oftalmologista exatamente o local do problema a ser removido para garantir total sucesso à cirurgia de correção refrativa, sublinha Canrobert.

Fonte: HOB( Hospital Oftalmológico de Brasília)
Site: http://www.hobr.com.br
E-mail: atfdf@uol.com.br