Miopia: Por que lente? Por que cirurgia?

Brasília, 5/4/07 – Deixar o rosto livre dos óculos é perfeitamente possível para a maioria das pessoas que são portadoras de miopia.
Essa dificuldade de visão impede a nitidez das imagens que estão longe dos olhos, porque a luz converge para um ponto antes da retina.
A correção tanto pelos óculos, como por lentes de contato ou pela cirurgia refrativa tem o objetivo de focar os raios sobre a retina, onde as imagens se formam.
Mas por que usar lentes de contato para corrigir a miopia e por que fazer a cirurgia refrativa? A decisão é de quem tem o problema e, por esta razão, dispor do maior volume de informações sobre as alternativas existentes é o melhor caminho a trilhar antes de decidir, assinala o oftalmologista Canrobert Oliveira, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).
Comparando – A cirurgia para correção da miopia é feita com tecnologia de última geração, permitindo alto índice de personalização, possibilitado por técnicas modernas que detectam pequenas imperfeições existentes em cada córnea.
O médico utiliza o laser para modificar a curvatura da córnea e, desta forma, focar a imagem sobre a retina mesmo que os objetos estejam distantes, explica o oftalmologista.
Enquanto a cirurgia corrige o defeito, as lentes de contato o compensam.
De acordo com o médico, a visão só é boa enquanto as lentes estão em uso.
Quando as lentes de contato são removidas, a dificuldade para focar objetos distantes volta.
A cirurgia tem um ritmo muito dinâmico.
Segundo Canrobert, é feita sob anestesia tópica, a base de colírio, “não há dor”.
É recomendável repouso após o procedimento, sendo que, no dia seguinte, o operado pode retomar às atividades normais.
As lentes de contato, atualmente, são bastante delgadas e confortáveis, porém exigem atenção ao tempo de uso, limpeza e conservação diária.
Condições – Recomenda-se a cirurgia para correção da miopia após os 18 anos de idade.
Deve evitá-la quem apresentar aumento maior que 0.75 graus por ano, explica Canrobert ao lembrar que ainda assim há uma série de exames que precisam ser feitos antes da operação para avaliar a qualidade da córnea.
“Nem todos podem se submeter à cirurgia”, alerta.
Vários fatores interferem na seleção dos candidatos.
As lentes de contato, dependendo do caso, podem ser adotadas até antes dos 14 anos, mas também têm suas contra-indicações.
Pacientes com síndrome do olho seco ou conjuntivite alérgica não são bons candidatos.
Pós-operatório – Óculos escuros para proteger do vento, poeira e raios ultra-violeta nos dias que seguem à cirurgia são necessários, ressalta o médico.
“O ideal é evitar exercícios de contato e impacto como vôlei, judô e natação por, pelo menos, duas semanas.
Depois, vida normal”, orienta.
Os cuidados com as lentes, não terminam nunca.
“O ritual de lavar, desinfetar, lubrificar é diário, caso contrário, há risco de contaminação e infecção com graves conseqüências para a córnea”, lembra o oftamologista brasiliense.
O risco existe em qualquer atividade humana.
As duas opções os apresentam.
Nem sempre a miopia é corrigida totalmente com a cirurgia, porém o resíduo de grau é mais comum na correção dos casos mais elevados.
Quando ocorre da resposta orgânica não atender totalmente a solicitação cirúrgica, novos exames orientarão sobre a possibilidade de reintervenção.
Há sempre um ganho, afirma o médico, “quando a reintervenção não é possível, os novos óculos serão mais estéticos, mais leves e menos imprescindíveis”.
Quanto às lentes, Canrobert assinala que reduzem a oxigenação da córnea e por isso a recomendação é retirá-las sempre que seu uso não for necessário.
O uso abusivo das lentes é uma das causas mais freqüentes de rejeição, adverte.

Fonte: HOB( Hospital Oftalmológico de Brasília)
Site: http://www.hob.com.br
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