Brasília tem novas formas de tratar o ceratocone

Brasília tem novas formas de tratar o ceratocone

Brasília, 18/9/07 – Desordem ocular que afeta a forma da córnea na porção mais central e provoca a percepção de imagens distorcidas, o ceratocone é uma das irregularidades mais incômodas entre as que afetam a visão de seus portadores.
Uma das principais razões está na dificuldade para usar lentes de contato e adequar outros tratamentos.
O ceratocone que pode aparecer na forma frusta, ou seja, difícil de ser detectado, quando não tratado, evolui para distorções refrativas como o astigmatismo.
Atualmente, há levantamentos indicando que cinco em cada 10.000 pessoas são portadoras de ceratocone. A desordem começa a se manifestar entre 15 e 40 anos de idade.

As novas formas de tratamento do ceratocone foram apresentadas recentemente em Brasília, durante o XXXIV Congresso Brasileiro de Oftalmologia pelo médico do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), Mario Jampaulo de Andrade, especialista no tema.
O oftalmologista apresentou um estudo que desenvolveu, na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA), para identificar a forma frusta do ceratocone. Trata-se de situações em que o ceratocone não é manifesto e ao ser detectado impede o paciente d e se submeter à cirurgia de correção mesmo quando está em fase inicial, para preservá-lo de complicações futuras.
Mário Jampaulo realizou este estudo entre junho de 2006 a julho de 2007 com o acompanhamento dos professores da UCLA, Rex Hamilton, Keven Miller e Robert Maloney.

Fórmula – Depois de análises, coleta de dados e estatísticas junto ao um grupo de matemáticos, a equipe criou uma fórmula, ainda desconhecida por alguns médicos, para identificar uma córnea com ceratocone não manifesto.
Para descobrir esta presença é feito um exame antes da intervenção cirúrgica refrativa, o que evita o retorno do paciente operado ao consultório.
“Descoberta a forma frusta, as condutas com o paciente mudam e deve-se proceder com o tratamento menos invasivo possível”, defende o oftalmologista.

Boa notícia – Os pacientes que já fizeram a cirurgia refrativa, mas reclamam que pouco melhorou sua visão ou até piorou no pró-operatório, provavelmente tinham ceratocone na forma frusta, mas até o momento não havia tecnologia ou forma de detectá-lo, explica Jampaulo.
A boa noticia é que agora, com a possibilidade de personalizar as cirurgias refrativas, muitos casos já se enquadram entre os perfis aptos ao tratamento reparador.
A recomendação, segundo Jampaulo, é fazer o exame antes de qualquer intervenção, evitando um retorno indesejável ao médico.

Mais informações

Assessoria de Comunicação do Hospital Oftalmológico de Brasília
Contato: Teresa Cristina Machado
Fone: (61) 3225-1452 / 9983-9395

Fonte: HOB( Hospital Oftalmológico de Brasília)
Site: http://www.hobr.com.br
E-mail: atfdf@uol.com.br